27.12.06

As ginjinhas de Tabuchi

O escritor italiano, António Tabuchi, há muito radicado em Portugal, tem através dos seus romances dado a conhecer a nossa velha e boémia ginjinha. Vejam-se aqui os exemplos respigados em «Requiem» e «Afirma Pereira»:

“O senhor não quer tomar nada na minha casa?, disse ela, tenho uma ginjinha feita por mim. Está bem, aceitei, vai uma ginjinha, mas tem de ser a comer...”
in, «Requiem»

“Foi buscar a ginjinha e Monteiro Rossi encheu o cálice dele. Pereira serviu-se apenas de uma cereja com um pouco de licor, porque temia quebrar a dieta.”
in, «Afirma Pereira»

Eis um bom exemplo de marketing cultural além fronteiras.

P.S.1: Duas notícias sobre os prémios Gourmand atribuídos ao Elogio da Ginja, publicadas aqui e aqui.
Apenas mais um pormenor: o autor nasceu em Moçambique.

P.S.2: Pedro Rolo Duarte, no seu programa Janela Indiscreta, na Antena 1, dedicado ao universo dos blogues, dedicou uma emissão ao Elogio da Ginja. Para ouvir aqui.